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A NEOCIÊNCIA POLÍTICA CIBERNÉTICA E AS ONDAS MODÍSTICAS DAS ELEIÇÕES GERAIS NO BRASIL

Por Wilson Santos

 

A participação popular na escolha dos políticos que comandarão o destino do nosso país é salutar e engrandece a democracia, todavia, o que temos visto, sobretudo, nas redes sociais, são pessoas insultando, decompondo, e até (pasmem) desfazendo amizades de anos e décadas. Enquanto nos bastidores, políticos “adversários” entre si, jantam, tomam drinks; alguns até fazem parte um da rede social do outro.

No seguinte à eleição, candidatos que se xingavam outrora já encontravam-se no grupo de campanha do outro. E o povo??!! Ah o povo continua com as “famosas” hastags, conjugando sempre a 3ª pessoa (ele), enquanto ELES devem gargalhar de “nós”. Pobres de nós.

O ódio está no ar, e de forma hiperpolarizada; as brigas, me atrevo falar, irracionais, têm envolvido religiões, raças, regiões demográficas, e por aí vai... Até que ponto vale a pena? A cada abertura do perfil nas redes sociais mergulhamos num caldeirão de emoções. Nunca foi tão fácil para o Facebook analisar as variáveis dos usuários para montar os chamados algoritmos de relevância. Isso é deveras perigoso, pois, quanto mais você usa o sistema, menos você ver conteúdo das pessoas que pensam diferente de você, ou seja, o mundo se transforma num lugar de pensamento único.

O que você tem publicado no seu perfil?

O que torna nossas vidas mais bonitas são as diferenças de cada amigo, de cada vizinho, de cada familiar. Todos perdemos com o acirramento da defesa partidária neste ringue que se tornou o ambiente virtual. Não tenham dúvidas, eles já perceberam que é nessa arena que se ganhará o jogo, e nós estamos sendo as peças (possivelmente descartáveis) deste jogo.

Claro que o advento tecnológico da internet ajudou, como de fato ajuda, àqueles que buscam conhecimento, informações, etc..., mas o que vemos é uma vaidade desenfreada de pseudo-intelectuais, cientistas políticos que nunca leram se quer O PRÍNCIPE, A ARTE DA GUERRA, ou até mesmo A GUERRA DOS BICHOS (todas estas obras são, na minha ótica, leitura obrigatória para debater política).

Nas redes sociais, a intolerância chegou a um ponto tal que uma simples opinião, uma simples e imaculada postagem gera uma avalanche de insultos e ameaças.

Não se contentem com aquilo que aparece na sua timeline. Não sejam consumidores passivos de informações. Utilizem este lindo advento tecnológico a seu favor. Não transforme sua timeline em lixeira.

Pesquisem. Reflitam. Exerçam cidadania com a maestria peculiar do brasileiro outrora invejado por outros países.